quarta-feira, 11 de março de 2015

No RJ, mulheres pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito



No Rio de Janeiro, foram realizadas duas atividades no centro da cidade no dia 9 de março em referência do dia Internacional das Mulheres. Uma ocorreu à tarde no largo da Carioca com o tema “Pela vida das mulheres; legalizar o aborto já!”, convocada pela Marcha Mundial de Mulheres (MMM) e outro grupos feministas e organizações políticas como a Camtra (Casa da Mulheres Trabalhadora), Insurgência (PSOL) e independentes. A outra ocorreu na Central do Brasil com uma panfletagem dos grupos de esquerda como PSTU e LSR (PSOL). 

O 8 de março no Rio de Janeiro, este ano esteve dividido, pois as feministas da MMM, que apoiam o governo, recusaram que o eixo do ato unificado denunciasse os ajustes do governo Dilma e a retirada de direitos da classe trabalhadora. 
O grupo de mulheres Pão e Rosas esteve presente nas duas atividades. Rita Frau, professora e dirigente do Pão e Rosas disse:

“Neste 8 de março saímos às ruas contra os ajustes do governo Dilma que atacam as mulheres trabalhadoras e pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito. Achamos fundamental a frente única para impulsionar uma campanha pelo direito ao aborto legal e por isso estivemos no ato convocado pela feministas da MMM, mas discordamos delas que os únicos responsáveis em nos negar este direito elementar, são os setores reacionárioscomo Eduardo Cunha, presidente da Câmara de Deputados que disse que “o aborto seria pautado pela Câmara apenas por cima do cadáver dele”. Também responsabilizamos o governo Dilma por milhares de mulheres morrerem todos os ano por abortos clandestinos, pois seu governo se dá através da aliança com estes setores reacionários rifando nossos direitos”

Rita também comentou a importância de impulsionar uma campanha pela legalização do aborto para além do dia internacional das mulheres: “Nós do Pão e Rosas acreditamos que para uma verdadeira campanha da legalização do aborto é fundamental que as organizações feministas, de direitos humanos, organização políticas, sindicatos e entidades estudantis, abram esta discussão nas bases das categorias de trabalhadores e do movimento estudantil, para organizarmos uma campanha a partir dos locais de trabalho e estudos. Pois apenas com nossa organização e saindo às ruas conseguiremos arrancar este direito. E se a MMM e governistas defendem a legalização do aborto devem exigir que os deputados e deputadas do PT apresentem projetos de lei em defesa do direito ao aborto para fortalecer a luta das mulheres e romperem a submissão ao governo Dilma que já provou que não avançará em nada sobre este direito ”

O Pão e Rosas do Rio de Janeiro também esteve presente na porta de uma fábrica majoritariamente feminina para distribuiro folheto especial do dia internacional das mulheres.

“Fomos levar nossas ideias às trabalhadoras que sofrem cotidianamente com a exploração do trabalho, assédio moral, e muitas vezes assédio sexual nos locais de trabalho. E também porque serão elas as que sofrerão as consequências dos ajustes do governo, assim como sofrem cotidianamente com o aumento do preço dos alimentos, dos transportes, e como em São Paulo, muitas vivem em bairros que a falta de água tem se tornado algo presente todos os dias. A única saída para enfrentar esta realidade é nossa organização nos locais de trabalho e seguirmos o exemplo que deram as professoras do Paraná, que saíram em greve e tomaram as ruas do estado do Paraná para lutar contra o pacotaço do governo Beto Richa (PSDB)”, comentou Rita Frau.

Veja o vídeo da Fala de Rita Frau
Original: Palavra operaria

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Em São Paulo, 3 mil pessoas marcharam pelas mulheres no 8 de Março


A marcha organizada por diversos grupos feministas e organizações de esquerda levou o lema de “8 de Março – dia internacional das mulheres” sem denunciar claramente o governo de Dilma que começou o ano atacando os trabalhadores com as medidas provisórias e seguindo a linha do PT de acordos com os setores mais conservadores e reacionários, como Feliciano que foi base do governo em 2010. A Marcha Mundial de Mulheres (MMM), liderada por dirigentes do Partido dos Trabalhadores, esteve presente com grandes blocos defendendo o governo e suas pautas como a “Reforma política” e a “defesa da democracia”, que foram duas das propostas que perderam na reuniões de organização do 8 de Março.
Todavia, as feministas governistas não levaram a frente a proposta do tema “Pela água, por direitos, contra a violência e pela legalização do aborto” que foi proposta por todas as demais organizações. Demonstraram então, que na luta pelo direitos das mulheres não há como ser por fora, da luta pela independência política das mulheres dos governos, patrões e partidos de conciliação que buscam rifar nossos direitos à serviço da manutenção desse regime de democracia dos ricos.
Como as professoras do Paraná
Enquanto as feministas da Marcha Mundial de Mulheres diziam no carro de som que era possível ver os avanços do combate a violência contra a mulher em São Paulo com as políticas públicas, o Movimento de Mulheres em Luta (MML) denunciava que Dilma não hierarquizava esse combate a partir do ínfimo valor destinado para o combate a violência, exigiam como parte de sua campanha principal a aprovação de 1% do PIB para este fim.
Em uma faixa do grupo de mulheres Pão e Rosas se encontrava a frase “Façamos como as professoras do Paraná”, trazendo para São Paulo a força e exemplo da imensa mobilização realizada pelos professores e funcionalismo no Paraná contra os cortes e ataques de Beto Richa (PSDB). Com esse espírito que a professora Maíra, categoria O,subiu ao carro de som e relatou os ataques destinados a educação, e aos professores em todo o país, desde São Paulo com as 21 mil demissões.
Para além do 8 de Março
Outra faixa do grupo de Mulheres Pão e Rosas exigia a legalização do aborto, seguro e gratuito. Com músicas e materiais denunciavam as milhares de mortes por abortos clandestinos como Jandira, um dos casos que ganhou maior destaque no ano passado, no Rio de Janeiro. Nos pirulitos carregavam a exigência ao combate a violência às mulheres cis, travestis e mulheres transexuais e também a readmissão de uma trabalhadora Andreia Pires, assim como das metroviárias que lutaram ano passado por melhores condições de transporte e trabalho.
Virgínia Guitzel, trabalhadora da saúde pública do ABC Paulista disse “Nós do Pão e Rosas não acreditamos que a luta das mulheres, das travestis e das mulheres trans seja de apenas um dia. Viemos nesse 8 de Março não para comemorar, mas para denunciar que não basta ter uma mulher na presidência para garantir nossos direitos”. Completou: “Pelo contrário, é preciso seguir o exemplo das professoras do Paraná, as mulheres precisam se organizar de maneira independente junto com os homens trabalhadores para colocar abaixo esse sistema que se utiliza do machismo, da transfobia, de todas as opressões para garantir o lucro e a força dos patrões contra nossa classe que segue oprimida e explorada”.

Estavam presentes nesse bloco uma importante delegação de trabalhadores do Movimento Nossa Classe, com metroviários, bancarios, professoras, trabalhadores da Universidade de São Paulo, operários industriais. Também estavam presentes estudantes da Universidade de São Paulo e da UFABC que constroem a Juventude ÀS RUAS. Com grande destaque para a coluna de trabalhadoras da USP que são da Secretaria de Mulheres do Sindicato dos trabalhadores da USO (SINTUSP) que votaram a participação no ato contra os ajustes de Dilma e pelo direito a creche.
Já Bárbara que é membro da Secretaria das Mulheres contou: “Nossa luta não para nunca e dentro desse sistema onde o trabalho doméstico e o cuidado dos filhos é relegado as mulheres e o Estado se exime de sua responsabilidade, não criando creches, lavanderias e restaurantes públicos, deixando que o peso da dupla jornada de trabalho recaia sobre nossos ombros, nós cantamos “Creche! Creche! De qualidade já. Mulher tem o direito de trabalhar e estudar!
Original: Palavra operaria
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domingo, 8 de março de 2015

Em Minas Gerais, façamos também como as professoras do Paraná!


Por Pão e Rosas MG

Na última sexta, dia 6 de março, foi realizado em Belo Horizonte o ato unificado do 8 de março sob o eixo “ Mulheres contra a violência doméstica, sexual e do Estado”.

Cerca de 200 pessoas, entre entidades estudantis, sindicais e populares, organizações de esquerda, estiveram presentes denunciando a violência contra a mulher e os ataques de Dilma.
Flavia Vale, professora designada em Contagem, militante do Pão e Rosas e do Movimento Nossa Classe, denunciou o governo Dilma/PT que não garante os direitos das mulheres, sobretudo das trabalhadoras, jovens e negras, como a legalização do aborto. Explicou também, as demissões do governo Pimentel que atingem milhares de professoras, a necessidade da luta pela efetivação de todas e também das terceirizadas com os mesmos direitos e sem concurso público.
Por fim, prestou solidariedade às professoras do Paraná que hoje lutam contra os ataques à educação e os planos de “ajuste” daquele Estado, e devem servir de exemplo para organização das trabalhadoras de todo o país nesse 8 de março e todos os dias..

Veja abaixo o vídeo com a fala completa de Flavia Vale:


Boletim Especial do grupo de mulheres Pão e Rosas

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Dia internacional de luta das mulheres

Para visualização: Boletim


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