quinta-feira, 26 de março de 2009

Declaração das mulheres do Pão e Rosas frente à greve na Petrobrás

No dia 23 de março iniciou-se uma greve nacional dos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás com previsão de duração de 5 dias, com paralisações das atividades ou com diminuição do ritmo de trabalho. A greve que tem fundamentalmente os eixos de reivindicação de garantia dos postos de trabalho, adicional de feriado (extra-turno) , por segurança no trabalho e melhorias no pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) configura-se como uma das maiores greves desde 1995 sendo convocada por todos os 17 sindicatos (11 da FUP e 6 da FNP).

Em alguns locais se valendo de métodos radicalizados tais como controle da produção ou redução no fluxo de insumos, piquetes, ocupações, esta greve de repercussão nacional pode vir a ser um novo alento à classe trabalhadora mostrando a disposição deste batalhão estratégico por seu papel na economia nacional, em que principalmente os setores mais jovens mostram sua disposição em enfrentar os ataques que a patronal tem planejado contra os trabalhadores (efetivos e terceirizados) se justificando com a crise capitalista enquanto obteve lucros recordes em 2008.

Nos solidarizamos e apoiamos a greve, assim como destacamos a importante reivindicação que os 6 sindicatos ligados à FNP têm levantado de garantia da licença maternidade de 180 dias para as trabalhadoras, reivindicação que deve ser levantada por todo o conjunto da nossa classe e também pelos sindicatos da FUP como uma importante demanda das trabalhadoras. É preciso avançar nas medidas para combater a divisão dos trabalhadores/as entre efetivos e tercerizados, entre brancos e negros, entre homens e mulheres. Sabemos que a burguesia se vale do racismo e do machismo como mecanismos para dividir a classe trabalhadora e seguir nos explorando. Nesse sentido, acreditamos ser importante também que as mais de 8.000 trabalhadoras da Petrobrás agarrem em suas mãos a luta pelos direitos das mulheres e do conjunto da classe , contra o assédio moral e sexual, contra a terceirização e pela efetivação dos terceirizados, pela licença maternidade de 6 meses.

Pão e Rosas
26 de março de 2009

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